sexta-feira, 13 de abril de 2012

Amizades fazem bem para a saúde

Por: Bruno Alvarenga Ribeiro.

Um estudo que vem sendo conduzido por cientistas da Universidade de Harvard nos EUA desde 1937, tem demonstrado que a amizade é algo extremamente importante para se ter qualidade de vida. De acordo com o estudo ter laços fortes de amizade pode aumentar a vida em até 10 anos e prevenir uma série de doenças, isso porque os laços de amizade contribuem para a produção de um hormônio chamado ocitocina. Este hormônio tem efeito contrário ao efeito provocado pela adrenalina. Enquanto a adrenalina aumenta os níveis de estresse do organismo, a ocitocina diminui os batimentos cardíacos e a pressão arterial, diminuindo, assim, a probabilidade de ocorrência de derrames e problemas cardíacos. Clique aqui para acessar a reportagem sobre o estudo.

O estudo demonstra algo muito importante: o tipo de relação que estabelecemos com o mundo ao nosso entorno é determinante para a saúde do nosso organismo. Em outras palavras, o que fazemos afeta a forma como nosso organismo funciona, estimulando certas funções e inibindo outras. Este achado é importante tanto de um ponto de vista médico, quanto de um ponto de vista comportamental, pois demonstra que nossos comportamentos afetam a nossa vida. Somos produtos das interações que estabelecemos com o mundo, seja de um ponto de vista médico ou de um ponto de vista comportamental, e esta interação, este intercâmbio é estabelecido através dos nossos comportamentos.


Portanto, entender o comportamento e suas leis é fundamental para a construção de uma vida mais saudável. Imaginemos uma pessoa com um déficit de habilidades sociais, ou seja, uma pessoa que não tem em seu repertório comportamentos que permitam estabelecer relações com outras pessoas. Esta pessoa pode sofrer por não conseguir interagir, como pode também está susceptível, de acordo, com o estudo citado ao desenvolvimento de certas doenças. O que pode ser feito por ela? Pode se programar contingências de reforço que possibilitem a expansão do seu repertório de habilidades sociais. Lógico que tal programação precisa estar fundamentada numa boa análise funcional do repertório de comportamentos da pessoa de nosso exemplo hipotético.

O que mais o estudo demonstra? Ele deixa claro como contingências de reforçamento positivo podem não somente modelar comportamentos de interação social, comportamentos que possibilitem interações de maior qualidade, como podem melhorar a saúde do organismo estimulando a produção de certas substâncias como a ocitocina. Isso demonstra como as contingências de reforço modificam não somente o comportamento. Elas também modificam o organismo.

A dica é expandirmos nossa rede de contatos sociais. Expandindo nossa rede de contatos sociais aumentamos a probabilidade de nos expormos com mais frequência a contingências de reforçamento positivo. Estas contingências aumentarão nossos padrões de qualidade de vida, e nosso organismo agradece por isso.

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