Por: Bruno Alvarenga Ribeiro.
Até o momento 22.708 pessoas visitaram o blog. São em média 1892 acessos por mês. Nada mal para um blog que tem apenas um ano de existência. Ao logo deste ano muitas matérias foram publicadas. Todas elas giraram em torno de um núcleo comum: o Behaviorismo Radical. O Behaviorismo Radical, cujo criador é B. F. Skinner, é a filosofia da ciência do comportamento, também conhecida como Análise Experimental do Comportamento. A Análise Experimental do Comportamento é um modo de estudar o objeto da Psicologia: o comportamento, um modo que utiliza como amparo metodológico o método experimental.
Ao longo deste ano o leitor que nos acompanha pôde conhecer os principais pressupostos teóricos do Behaviorismo Radical. Pôde entender qual é a proposta do Behaviorismo Radical para a Psicologia, uma proposta que rompe com o paradigma de causalidade mentalista. Este rompimento não significa que seja ignorado o mundo privado do indivíduo. Este mundo existe, mas não se difere do restante do mundo somente porque é privado. Este mundo não é mental por ser privado.
Sendo assim, podemos descobrir ao longo deste ano que o Behaviorismo Radical não ignora a subjetividade. Muitos artigos tiveram a temática da subjetividade como pano de fundo. Em alguns deles ela foi até mais evidente, principalmente quando as emoções foram analisadas sob a ótica do Behaviorismo Radical. Descobrimos que emoção é comportamento, em parte respondente, em outra operante.
Como respondente elas se manifestam por meio de modificações fisiológicas que se passam no organismo, e boa parte destas manifestações ocorrem de modo privado, e isso gera algumas dificuldades para que a comunidade verbal estabeleça contingências para que o indivíduo aprenda a falar de suas emoções. Estas dificuldades foram muito bem exploradas no artigo intitulado "A Difícil Tarefa de Falar de Sentimentos".
Como operantes as emoções estão sujeitas às suas consequências. Isso significa que as expressões emocionais podem ser modeladas, ou seja, que aprendemos a nos emocionarmos de determinada forma por causa das consequências que seguiram nossos comportamentos emocionais no passado. Portanto, a análise das emoções passa pela análise funcional das consequências e contextos em que os comportamentos emocionais ocorrem. Somente desta forma pode ser entendido o significado de cada emoção, de cada forma de expressão emocional. Mas certo é afirmar que as emoções dão pistas importantíssimas sobre as contingências de reforço que podem estar operando na vida de uma pessoa num dado momento.
Outros temas foram abordados ao longo deste ano. Um destes outros temas versou a respeito dos efeitos da punição sobre o comportamento. Muitas vezes pensamos que a punição é o meio mais eficaz de eliminarmos comportamentos, mas este é um grande engano. Além da punição não eliminar comportamentos, ela gera diversos subprodutos emocionais bastante nocivos à saúde. Você pode conferir a coletânea de artigos que trataram deste tema clicando aqui.
Enfim, muitos outros temas foram tratados em 2012. Muitos outros ainda virão. E para 2013 o Café com Ciência pretende lançar voos ainda mais altos. Pretende dialogar com outras áreas do saber e não ficar restrito somente à Psicologia. E uma dessas áreas que muito agrada ao seu autor é a Assistência Social. Esperem em 2013 um flerte entre o Café com Ciência e temas ligados à Assistência Social, afinal de contas a Assistência Social é mais um campo de trabalho aberto ao profissional da Psicologia.
Aguarde, pois muito mais está por vir! E continuem ligados no Café com Ciência, que está de aparência nova para melhorar sua experiência de navegação. E aproveite também para curtir nossa Fanpage no facebook: https://www.facebook.com/BlogCafeComCiencia.
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