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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Análise do Comportamento de Blogar e Algumas Dicas para Blogueiros Iniciantes (Primeira Parte)

Por: Bruno Alvarenga Ribeiro.

Entendo como comportamento de blogar todos os comportamentos envolvidos na criação e manutenção de um blog. Também faz parte desta classe de comportamentos aqueles comportamentos de acompanhar as atualizações de determinados blogs e interagir com os proprietários dos mesmos (blogueiros). O que é um blog? Um blog é um espaço na internet que de maneira simples permite o registro de textos que podem tratar de variados assuntos a gosto do blogueiro que o criou. Há diversos tipos de blogs: científicos, de poesias, políticos, para divulgação de produtos, etc. Sendo assim, um blog tende a dirigir-se a um público específico, e é com esse público que o blogueiro costuma manter relações. A recíproca também é verdadeira, ou seja, os seguidores de um blog geralmente mantêm com o blogueiro algum tipo de relação.

O que interessa saber é que estas relações criam contingências de reforço que reforçam comportamentos de ambas as partes. Um blogueiro só cria um blog com a intenção de atingir um determinado público. Na internet há públicos para todos os gostos, mas é preciso saber como atingir cada público em particular. As informações que um blogueiro disponibiliza em um blog produzem contingências de reforço que afetam os seus leitores. Da mesma forma, quando os leitores fornecem ao blogueiro algum feedback, seja através dos espaços para comentários, ou através de outros contatos, esse feedback contribui para reforçar os comportamentos do blogueiro, ou produzem estímulos discriminativos que sinalizam para mudanças que precisam ocorrer para que o blog possa cumprir sua missão.

Como na vida real o mundo virtual não está livre das leis que regem o comportamento humano. Operações de reforçamento também são estabelecidas na web. Saber criar contingências de reforço que afetem o público-alvo de um determinado blog é uma forma de cativar este público e fazer com que o mesmo volte a visitá-lo e também o divulgue em outros círculos que o blog dificilmente atingiria de forma direta. Portanto, seguem algumas dicas que podem ajudar a criar estas contingências.

1 - Cuide do Visual do Seu Blog

Imagine a seguinte situação: você é convidado para visitar a casa de um amigo que acabou de conhecer. Quando chega em sua casa encontra roupas e sapatos jogados para todos os lados. Encontra talheres e panelas sujas empilhadas na pia da cozinha. Ao entrar no banheiro percebe que o cesto de roupas sujas está transbordando. Qual será a sua impressão? Provavelmente a impressão não será muito boa, e a mesma  será acompanhada de um sentimento de repulsa, de uma vontade de sair correndo daquele lugar (comportamento de fuga).

O mesmo pode acontecer com um blog. Por isso o visual deve ser algo que preocupe um blogueiro. É muito comum navegarmos na internet e encontrarmos blogs em que imagens vão além dos limites disponíveis para as postagens de textos ou para a distribuição de gadgets. Gadgets são aqueles dispositivos que ficam nas colunas laterais dos blogs. Nestas colunas é comum encontrarmos os seguidores, um tradutor, contador de visitantes, menu de últimas postagens, menu de postagens populares, etc. Também é comum encontrar imagens publicitárias. Em blogs em que não existe cuidado com o visual há um excesso destas imagens e muitas vezes elas costumam transpor os limites das colunas, o que visualmente causa uma péssima impressão.

O visual do blog pode ser atrativo ou repulsivo. Pode estabelecer contingências de reforçamento positivo ou negativo, por isso todo cuidado com esse quesito é essencial. Outra coisa importante é que o visual conta muito na hora do carregamento da página. Uma página que demora a carregar tende a afastar visitantes. Não queremos os visitantes longe de nossos blogs, ao contrário, queremos que eles conheçam nosso trabalho.Você pode minimizar este problema usando o recurso de apresentar apenas resumos de suas postagens na página inicial do blog. Se você não sabe fazer isso clique aqui. Existe ainda a opção de diminuir o número de postagens na página principal. Veja a imagem abaixo:




Vá em "configurações" e depois clique em "postagens e comentários". Em seguida vá até "Mostrar no Máximo". Neste campo você escolhe quantas postagens vão aparecer na página principal do blog. Essas configurações são válidas para a plataforma blogger. Vejam que no Café com Ciência aparecem 11 postagens. Mas como uso o recurso do resumo de postagens, na verdade só aparecem o resumo dos textos que posto com sua foto principal. A vantagem de utilizar este recurso é que ele apresenta apenas parte do texto, se o leitor quiser continuar a leitura deve clicar em "Leia mais". Dessa forma é possível manter o leitor mais tempo no blog e aumentar as chances de que ele tenha contato com textos completos, como também aumentar as chances de visitar outras páginas do blog.

2 - Cuide do Conteúdo do Seu Blog

Pessoas visitam blogs não somente por causa da estética. Estética (visual) é importante, mas não é tudo, não é o principal fator que atrai pessoas para um blog. Conteúdo é o principal fator. Cuide do conteúdo do seu blog. Procure produzir conteúdos originais. É muito comum encontrarmos na blogosfera muitos blogs que são cópias uns dos outros. É bom lembrar que plágio é crime!!! Produza seu próprio conteúdo.

Mas você deve estar se perguntando: sobre o que devo escrever? Há uma infinitude de assuntos sobre o qual se pode falar. Todavia, é recomendável que um blogueiro fale sobre algo que tem algum domínio, assim aumenta as chances de produzir conteúdo original, de produzir algo que não pode ser encontrado em outros blogs. Se um visitante encontra em um blog algo que não consegue encontrar em outro que trata dos mesmos temas, é mais do que esperado que ele passe a seguir o primeiro blog. Conteúdo não encontrável em outros blogs é altamente reforçador!

A opção do Café com Ciência é produzir conteúdos sobre Análise do Comportamento e Behaviorismo Radical. Há diversos blogs que tratam do mesmo tema. O diferencial do Café com Ciência é produzir textos em uma linguagem bastante acessível, textos que evitem o excesso de jargão técnico, algo que pode ser aversivo aos neófitos, aos que não dominam a Análise do Comportamento e seus principais conceitos. O Café com Ciência não é melhor que os outros blogs que tratam da mesma temática, mas tem uma forma diferente de apresentá-la. Aliás, o Café com Ciência é parceiro destes outros blogs, pois estas parcerias só enriquecem o trabalho de um blogueiro.

3 - Cuide Bem dos Parceiros do Seu Blog

Os parceiros são aqueles sites ou blogs que geralmente tratam da mesma temática. São importantes meios através do qual um blogueiro pode divulgar o seu trabalho. Os parceiros costumam indicar o trabalho de um blogueiro para outros blogueiros e outros círculos de pessoas que originalmente o blog dificilmente atingiria. Estabalecer com os parceiros do seu blog uma relação amistosa é fundamental para o seu sucesso!

Mas não precisamos nos limitarmos a estabelecermos parcerias apenas com blogs e sites que tratam da mesma temática. Outros parceiros de outros nichos também podem ajudar na divulgação. O importante é ter cuidado para não estabelecer parcerias com sites e blogs que tenham conteúdos ilegais, pois isso pode associar a imagem destes blogs ao seu. Essa associação poderia tornar seu blog aversivo. É tudo uma questão de contingências de reforço. Estímulos aversivos associados a estímulos previamente neutros, faz com que estes últimos também se tornem aversivos.

Reseve em seu blog um espaço para divulgar o trabalho dos seus parceiros, pois certamente eles farão o mesmo por você. Diferente de websites é sabido que um blog não tem muito espaço. A opção para economizar espaço é através da criação de banners rotativos. Clique aqui e seja direcionado para um blog que ensina como fazer esse tipo de banner. Mas talvez você nem tenha criado ainda um banner para seu blog. Então, clique aqui para aprender como fazer isso. Ao clicar você será direcionado para o blog do "Gerenciando Blogs". Considero esse um dos melhores blogs para se aprender como gerenciar um blog.

Um banner é uma forma prática para divulgação de seu blog, e através dele você pode estabelecer boas parcerias de maneira bastante simplificada. Além do mais, um banner é um estímulo visual que tem grandes chances de chamar a atenção de leitores, e quando bem alojados nas páginas dos parceiros, podem ter um efeito muito interessante sobre o fluxo de visitantes do seu blog. Divulgue os banners de seus parceiros, pois esta é a melhor forma de reforçar os comportamentos que mantém a relação deles com você.

4 - Cuide Bem dos Visitantes do Seu Blog

Entre os visitantes estão aqueles que acessam o blog pela primeira vez ou os que já visitaram anteriormente e volta e meia retornam para novas visitas. Cuidar bem dos visitantes é uma forma de aumentar as chances de que retornem ao blog. Seguindo os passos citados acima você já está fazendo isso. Todavia, seguir esses passos não é suficiente. É necessário que você se dedique a dar atenção aos seus visitantes.

A melhor forma de fazer isso é sendo cordial e atendendo às suas solicitações. Geralmente visitantes interagem com um blogueiro através do campo de comentários. Neste campo eles postam o que acharam dos textos que puderam ler no blog. Responder a estas postagens é uma forma de cativar seus visitantes, é uma forma de reforçar o comportamento de visitar o blog. Reforço positivo é sempre bem-vindo!

Arranje um tempo para comentar as postagens de seus visitantes. Se for criar um blog e não tiver esta disposição, então, é melhor nem criar. Não comente por comentar. Comente demonstrando que você foi atencioso ao conteúdo da postagem. Logicamente você não precisa concordar com o que dizem seus visitantes. Mas mesmo na hora de discordar vale a pena a lei da cordialidade, afinal de contas até os visitantes que discordam têm algo a acrescentar. É verdade que nem todos têm algo a acrescentar, mas isso não é motivo para transformar seu blog em um espaço de discórdias.

Seus visitantes poderão sentir que você está sendo atencioso se adicionar em uma das colunas laterais um gadget sobre comentários recentes. Se não sabe como fazer isso clique aqui. Dessa forma os últimos comentários aparecerão na coluna em que o gadget for adicionado. Assim você reforça o comportamento de participação de seus visitantes, como também gera estímulos discriminativos que incentivarão outras pessoas a comentarem nas postagens do seu blog.

Uma forma de facilitar a interação entre visitantes e blogueiros é configurando bem as opções de postagens e comentários. No blogger isso é feito clicando primeiro em "configurações" e depois em "postagens e comentários". Veja a imagem abaixo:

A imagem é um print das configurações que utilizo. A esquerda você verá os campos "Configurações" e "Postagens e Comentários". É onde você deve ir para configurar as opções de comentários a serem postados pelos visitantes. Você tem a opção de moderar os comentários, ou seja, eles só aparecerão em seu blog depois que você autorizar. Não é muito aconselhável. Quem posta num blog espera ver imediatamente seu comentário postado. Reforço positivo contingente ao comportamento de comentar acaba por fortalecer este comportamento. Filtrar comentários dificulta a interação com os visitantes. Eu uso opção nunca moderar comentários e isso vocês podem verificar acima.

Outra configuração que utilizo é deixar os comentários abertos para qualquer um que queira postar, inclusive usuários anônimos. Esta opção desobriga os seus visitantes a terem uma conta compatível com o blogger como o yahoo ou gmail. Mesmo que os visitantes não tenham nenhuma dessas contas poderão comentar no blog. Também não utilizo a verificação de palavras, aquela caixinha com letras e números para as pessoas digitarem antes de postarem, pois isso tende a desistimular o visitante a postar. E ultimamente as letras estão cada vez mais difíceis de serem identificadas.

Logicamente que estas configurações podem gerar inconvenientes. Você estará sujeito a ter que enfrentar comentários que pouco contribuem para o blog. Você pode entrar na onda dos trolls ou ignorá-los, ou seja, reforçar seus comportamentos ou extingui-los. Só não transforme seu blog num campo de guerra. Escolha as configurações que gerem menos aborrecimentos e que mais se adaptem ao seu blog. O importante é facilitar a vida dos visitantes.

5 - Conclusão

Cuidar de um blog não é fácil, mas pode ser muito gratificante. Um blog pode ser um interessante meio para a divulgação de informações que sejam úteis para uma parcela significativa de usuários da internet. Neste texto você encontrou algumas dicas de como influencar os comportamentos dos visitantes de um blog à luz da Análise do Comportamento. Existem outras dicas, mas vamos parar por aqui. Deixemos essas outras dicas para outros posts que darão continuidade a este texto.

Espero que o leitor possa fazer bom proveito das dicas!

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Educação para o mundo virtual: discutindo o papel da escola

Por: Bruno Alvarenga Ribeiro.

O mundo está em constate transformações. A certeza que temos hoje é que o mundo tal como o conhecemos agora não será mais o mesmo amanhã, e não há nenhum exagero em pensar assim, pois a todo instante estão ocorrendo eventos que têm o potencial de mudar para sempre o curso da história. E o mais impressionante é a velocidade com que estes eventos são divulgados. Tudo isso graças a algo que conhecemos como internet.

A internet foi uma das mais fabulosas inovações tecnológicas criada pelo bicho Homem. Ela agilizou as comunicações e aproximou pessoas. Ela transformou negócios e criou novos nichos de mercado. Criou meios para divulgação do conhecimento que eram inimagináveis há algumas décadas. Hoje é possível estar a par das principais descobertas científicas apenas com alguns poucos cliques. A internet criou a possibilidade das escolas virtuais e do ensino a distância. Ela aproximou cientistas, aproximação que acelera o processo de produção de conhecimento científico. E contribuindo na divulgação deste conhecimento ela acaba favorecendo a democracia, pois o princípio mais básico dos regimes democráticos é o acesso à informação.

Portanto, a internet é um instrumento formidável! Mas... Sim, sempre existe um "mas"! Duas questões precisam ser pensadas: a forma de se utilizar esse incrível instrumento que é a internet e as consequências de sua utilização sobre o comportamento das pessoas. Começemos pela primeira questão: as pessoas sabem utilizar a internet?

A julgar pela forma como as redes sociais são utilizadas, é temoroso afirmar que sabemos usar a internet e todo o potencial comunicativo que elas nos oferece. Redes sociais na maior parte do tempo são utilizadas para o compartilhamento daquelas entendiantes correntes de ajuda, daquelas correntes que apelam para o coração bondoso das pessoas solicitando doações de cinco centavos para o compartilhamento de fotos de pessoas doentes. Escrevi sobre isso recentemente no artigo intitulado "Redes Sociais e Correntes de Ajuda: uma análise comportamental."

Levantei naquela ocasião a hipótese de que este comportamento das pessoas na internet tem relação com nosso sistema educacional. Gostaria neste texto de desenvolver melhor este raciocínio. Nosso sistema educacional não tem acompanhado na mesma velocidade as inovações tecnológicas que ocorrem no seio da sociedade. Pelo menos no que se refere ao ensino público isso pode ser considerado uma verdade. Mas mesmo no ensino privado não vamos encontrar em todas as escolas aulas de informática e laboratórios de computadores.

Muitas escolas da rede privada já dispõem de inúmeras tecnologias. Em várias é possível encontrar o uso de tablets e notebooks em sala de aula em substituição ao tradicional caderno. Nestas escolas cadernos estão se transformando em peças de museu, sim aquele objeto com folhas de papel riscadas formando linhas para anotações já  vem sendo descartado. Haverá um tempo em que as pessoas saberão o que é  um caderno?

Na rede pública muitos alunos não sabem o que é um caderno também, mas não porque eles estão sendo substituídos pelas maravilhas tecnológicas do universo da informática, e sim porque comprar um caderno requer sacrifícios que afetam o orçamento familiar. Em muitas escolas públicas carteiras e cadeiras são artigos de luxo. Na maioria delas o quadro negro continua sendo verde, e muitas vezes está em péssimo estado de conservação. Em tantas outras falta giz para se escrever no quadro e os professores acabam improvisando.

Já em algumas se vê iniciativas tímidas para o ensino de informática, mas ainda são excessivamente tímidas. O poder público ainda não se atentou para a urgente necessidade do sistema educacional acompanhar as mudanças que ocorrem no seio da sociedade. Se não houver este acompanhamento a educação de nossas crianças estará sempre defasada, e elas não poderão desenvolver em seus repertórios comportamentos que as capacite para enfrentar as contingências que vão além dos muros escolares.

Mas não basta equipar as escolas com computadores. Isso simplesmente não resolve o problema. Equipar as escolas é uma parte da resolução do problema. Depois de equipadas as escolas precisam rever seus currículos. Não adianta ter computadores com acesso à internet se os currículos escolares não criam contingências de reforço que venham a modelar comportamentos de como se comportar no mundo virtual. E a reforma dos currículos escolares é uma questão a ser enfrentada tanto pelo ensino público quanto pelo ensino privado.

Não estou querendo ser antiguado e defender que as escolas devam ensinar regras de etiqueta sobre como se comportar no universo infinito da web. Etiqueta não é o termo mais adequado. Mas as escolas devem ensinar não somente como abrir e fechar um navegador. Elas também devem ensinar o aluno a analisar as consequências que seu comportamento na internet pode produzir. Se isso for feito as redes sociais existentes na web poderão ser utilizadas para promover a expansão de contatos sociais e não simplesmente para o compartilhamento inconsequente de correntes de ajuda ou posts de disseminação de preconceitos.

E a expansão de contatos sociais não pode ser simplesmente uma questão de números, mas sobretudo uma questão de qualidade. Pessoas adicionam umas as outras em redes sociais para produzir números. Mas e a qualidade das relações? As relações permanecem na superficialidade, evitando-se, assim, contatos que afetivamente poderiam ser mais produtivos. A consequência disso é que a afetividade passa a ser vista como algo aversivo, como algo a ser evitado, pois pode causar problemas. Vejam aí o reforçamento negativo! A afetividade vai se associando ao controle aversivo, e assim a vida afetiva vai sendo encarada como fonte de problemas.

E aqui paramos um pouco para pensar nas consequências desta maravilhosa inovação tecnológica que é a internet sobre os comportamentos individuais e até mesmo coletivos. Será que a internet não tem transformado contatos sociais em números? Um contato é um número numa rede social... Outra questão preocupante: o acesso faciltado a inúmeras fontes de prazer criadas pela internet não tem gerado pessoas socialmente isoladas? Se posso buscar prazer na net, por que haveria de buscá-lo em contatos sociais genuínos?

Na internet impera a lógica da facilidade... Gerou problema se exclui com um clique! E será que essa lógica não vem sendo transposta para a realidade? Ou seja, quando alguém do meu contato social se transforma em fonte de problemas eu simplesmente não ajo de maneira a excluir a pessoa? Aqui não sou eu perguntando para mim mesmo. As perguntas são interlocuções que o leitor pode usar para refletir sobre o seu próprio comportamento.

Portanto, neste novo cenário mundial dominado pelas tecnologias da informação, o sistema educacional tem um papel fundamental, o papel de preparar pessoas para lidar com contingências de reforço que potencializam a possibilidade de reforçamento positivo, reforçamento que acaba sendo contingente a comportamentos improdutivos, como os comportamentos de passar o dia todo na frente de um computador, comportamentos que concorrem com outros comportamentos como o de trabalhar, estudar, namorar, etc. Reforço positivo contingente a comportamentos improdutivos gera a longo prazo uma sociedade formada por pessoas que não sabem lidar com as adversidades, pessoas que não sabem encarar frustrações, pois estão tão acostumadas aos prazeres fáceis produzidos com poucos cliques que acabam recuando diante as dificuldades.

É hora de pensarmos seriamente numa reforma curricular que dê mais espaço para as tecnologias da informação, mas que seja uma reforma que também pense os impactos destas tecnologias sobre o comportamento das pessoas e que as eduque para utilizá-las de maneira produtiva.

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Redes Sociais e Correntes de Ajuda: uma análise comportamental

Por: Bruno Alvarenga Ribeiro.

Fala sério, não tem nada mais entendiante do que ter que tolerar aquelas correntes de ajuda que as pessoas compartilham via redes sociais. Digo entendiante para não ter que usar outro adjetivo que possa fazer com que meus leitores sintam-se insultados, afinal de contas eles merecem todo o meu respeito. A moda agora é acreditar que o facebook vai doar uma quantia em dinheiro para o compartilhamento de certas imagens, e é bom que se ressalte que em sua maioria são imagens muito grotescas: crianças doentes, pessoas em situação de calamidade social, entre outras.

Agora tem também a modinha do "sou defensor" dos direitos dos animais. Aí os defensores dos pobres animais para demonstrarem seu "espírito de solidariedade", compartilham imagens que prometem alguns poucos centavos para entidades que defendem estas criaturas. As consequências destas correntes são diversas. Há quem critique abertamente, há quem saia compartilhando, há quem envie indiretas etc. A questão é que de uma forma ou de outra as correntes acabam se proliferando.

Quetiona-se: que contingências estão por trás da manutenção destes comportamentos? Hipótese número um: o que importa é a aparência e não a ação. O fenômeno internet no Brasil é algo bastante recente. É algo que começou a ganhar volume em meados da década de 1990. As pessoas não foram educadas para saberem utilizar os meios de comunicação criados com a internet. Por conseguinte, não estavam preparadas para lidarem com a visibilidade proporcionada por estes meios de comunicação.

E não se pode negar o quanto estes meios de comunicação proporcionam visibilidade, o quanto têm o poder de tornarem público aquilo que é da esfera privada. E quando o privado é tornado público muito ibope acaba sendo gerado, ou seja, muito reforço positivo acaba sendo produzido. Na vida real não importa se a pessoa realiza caridade, se ela se compromete com as causas alheias, se acolhe animaizinhos que precisam de ajuda, pois o que faz na vida real não tem tanta visibilidade quanto o que faz na web. Ela não vai ganhar tanto ibope na vida real promovendo a caridade e se engajando em causas alheias. Não vai deixar de ganhar ibope, mas esse não é tão potencializado quanto pode ser via web.

Em função disso muitas pessoas aparentam se importarem na web com certas "causas" que na vida real elas não estão nem ligando. Hummm, a vida real não gera tanto ibope quanto o mundo virtual! Isso é preocupante, pois as contingências criadas pelo mundo virtual podem estar produzindo pessoas que vivam de aparências, que fingem ser algo que não são, que se escondem atrás de um perfil de rede social ou de um nick de uma sala de bate-papo. Portanto, o que acaba importando é a aparência e não a ação!

Hipótese número dois: como as pessoas não foram educadas para um mundo virtual, aliás, elas foram educadas em escolas com quadros negros - que sempre foram verdes - aos frangalhos, em escolas em que faltavam giz e apagador, e professor se virava para conseguir educar, não formaram um repertório de comportamentos que permita entender o mundo da web, principalmente o mundo das redes sociais. Uma pergunta para você: na vida real você fica compartilhando (falando) com seus amigos notícias sobre animaizinhos em situação de perigo, de pessoas em situação de calamidade social, de crianças com câncer que precisam de doações de R$0,05 (cinco centavos) com tanta frequência quanto faz nas redes sociais? Na vida real você acreditaria que cada vez que falasse destes assuntos uma quantia em dinheiro seria doada para um órgão qualquer? Certamente você não age assim e não é tão ingênuo de acreditar que falando destes assuntos algo concreto vai acontecer.

É uma questão de contingências de reforço. Se na vida real você agir como descrito acima, esse comportamento logo será colocado em extinção, pois ninguém vai doar nenhum dinheiro porque você fala de crianças com câncer. Você pode organizar um movimento para conseguir dinheiro para crianças com câncer, mas estaríamos falando de outro repertório de comportamentos que poderia produzir consequências reais. Mas o simples falar não gera doações em dinheiro, certo? Certíssimo, não gera mesmo! Por isso na realidade você não age como na web, pois as contingências são diferentes.

Na web os comportamentos acabam sendo reforçados com a função "curtir" ou "compartilhar" do facebook, e a pessoa pensa assim quando vê todo mundo curtindo e compartilhando: "se todos curtem e compartilham, então, vou fazer também". Surge daí uma regra que não descreve uma contingência real. Lembre-se, regras são descrições de contingências de reforço, descrições que descrevem relações do tipo "se/então". "Se" aperto o botão da tomada, "então" a lâmpada acende. A regra que descreve o comportamento de apertar o botão da tomada, que tem como consequência o acender da lâmpada, é uma regra que descreve uma contingência real, em que o "se" está relacionado com o "então".

Mas na web não é bem assim que acontece. "Eu compartilho esta imagem e a criança com câncer recebe uma doação de cinco centavos". A pessoa não vê a consequência final acontecendo, consequência que reforçaria todo o encadeamento de respostas que produziram o clicar e o compartilhar, pois esta consequência não existe, ela é lenda! Mas o que mantém o comportamento? O curtir de outras pessoas e a regra já descrita: "todo mundo compartilha, então deve ser verdade". O brasileiro não foi devidamente educado para se comportar no mundo virtual, então, falta no seu repertório comportamentos que permitam discriminar como funciona o infinito universo da web.

Enfim, podem existir outras hipóteses explicativas, mas estas que aqui foram levantadas nos dão uma ideia das diferenças existentes entre as contingências de reforço no mundo virtual e no mundo real, e dos tipos de comportamentos que ambas modelam. A questão é: estamos preparados para lidar com os comportamentos que as contingências de reforço do mundo virtual têm modelado?

E você, o que achou do artigo? Deixe seu comentário.

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Os Sintomas da Vida Moderna


Por: Bruno Alvarenga Ribeiro.

Não sei se acontece só comigo ou se com você leitor essa é também uma prática recorrente. Refiro-me as queixas que têm como foco principal a carência. Tenho visto muitas pessoas se queixarem de se sentirem carentes e sozinhas. Fico imaginando o quanto estas queixas podem estar relacionadas ao modo de vida imposto pelos tempos modernos em que vivemos.

Uma coisa é fato: desde que o Homem é Homem que ele propavelmente sente carência. A carência não é um sentimento exclusivo dos tempos modernos, e seria muito grosseiro fazer tal afirmação. No entanto, fico aqui a conjecturar o quanto a modernidade com todas suas tecnologias que prometem facilitar a comunicação , que promentem promover a socialização, têm de fato cumprido com o esperado. Também não é a tecnologia a culpada, mas certamente o uso que dela se faz acarreta em diversos impactos sobre os seus usuários.

O isolamento e/ou o enclausuramento digital, algo que era inimaginável há algumas décadas, tem se tornado cada vez mais comum. Pessoas gastam horas de suas vidas na frente do computador. E parte significativa destas horas na frente do computador são gastas com as redes sociais. O quão social são de fato as redes sociais? Se a pessoa que faz uso das redes sociais já era alguém que tinha vida social, certamente estas redes vão produzir um acréscimo, ou seja, serão apenas mais uma alternativa a ser usada para expansão dos contatos sociais.

Por outro lado, se a pessoa tem um histórico de dificuldades no estabelecimento de contatos sociais, as redes sociais podem funcionarem como uma fuga. Esta fuga pode provocar isolamento social, isolamento social acarreta em perda de importantes estímulos reforçadores, com isso surge o sentimento de carência. Contudo, é incrível que mesmo os mais sociáveis se queixam de carência. Então vamos tentar entender o que é a carência.

Não precisa dizer que a carência é um sentimento, e geralmente este se manifesta por meio de uma sensação de vazio, de uma sensação de que está faltando alguma coisa. De fato falta alguma coisa quando se sente carência, pois a carência enquanto sentimento é produto de uma operação comportamental chamada de privação. Mas privação de que? Privação de estímulos reforçadores, geralmente estímulos de origem social.

Privação e modernidade, qual a relação entre ambos? A vida moderna nos impõe um alto padrão de competitividade, aliás a competitividade é a marca padrão do sistema de produção capitalista, o que exige de todos nós um alto ciclo de atividades, ou seja, para que possamos competir e sobreviver no mercado de trabalho e assim sermos capazes de fazer a manutenção de nossos padrões de vida, temos que inevitavelmente nos debruçarmos sobre o trabalho, temos que literalmente correr atrás do ganha pão.

Com isso acaba sobrando muito pouco tempo para o lazer, e o lazer mais barato e menos custoso de ser colocado em prática é aquele ofertado pelas redes sociais. A correria da vida moderna priva-nos de muitos reforçadores importantes que muitas vezes tentamos buscar nas redes sociais. O perigo é que os contatos sociais reais sejam substituídos pelos contatos sociais virtuais. Na frente do computador e trancados dentro de nossas casas sentimo-nos muito mais seguros.

A segurança do lar fornece-nos a possibilidade de evitarmos aborrecimentos, frustrações, pois a vida real, aquela em que não podemos simplesmente bloquear ou excluir a pessoa como fazemos nas redes sociais quando nos sentimos aborrecidos, é cheia de desafios. E estes desafios quando superados fortalecem nossas capacidades de superação de obstáculos, de gestão de conflitos, de tolerância a frustrações etc. A vida real presentea-nos com imprevistos que nos dão as chances de ampliarmos as formas com as quais podemos operar no mundo, de modificarmos as nossas formas de existir, de nos tornarmos pessoas mais flexíveis e talvez mais amáveis, ou ao menos mais tolerantes.

Já as redes sociais nos oferecem a possibilidade de excluirmos aborrecimentos com apenas um clique. O preço que se paga para se livrar de aborrecimentos com um clique é o de ser aplacado pela sensação de carência. A carência não é o único sintoma da vida moderna. Um outro notável sintoma é a intolerância. As pessoas estão cada vez mais intolerantes, cada vez mais incapazes de resistirem a frustrações, não sabem lidar com imprevistos, não sabem consertar o que estragou, pois é mais fácil comprar uma mercadoria nova. As pessoas estão acostumadas às coisas prontas. É muito mais fácil chegar num restaurante e já encontrar a comida pronta do que se dar ao trabalho de cozinhar.

Não sabendo fazer e se acostumando a adquirir pronto, as pessoas vão sendo modeladas para se tornarem imediatistas. Imediatismo, outro sinal dos tempos modernos. Se alguém liga para o celular do outro e cai na caixa postal isso se transforma em um inferno existencial (e aqui a rima não foi proposital... rsrsrs!), pois o imediatismo impede a pessoa de entender que nem sempre tudo que se quer de fato se consegue alcançar no momento em que se deseja. Há sonhos que precisam ser adiados, pois requerem planejamento, mas planejamento pode significar atraso na obtenção de certos reforços, algo que muitos não suportam, pois tendo sido modelados pelo "frenezi" da vida moderna querem resultados imediatos. Todavia, nem tudo pode ser obtido com a imediaticidade com o qual se deseja.

Por outro lado o planejamento pode aumentar as chances de que no futuro os reforços que se deseja obter sejam de fato obtidos. É o imediatismo versus os resultados a longo prazo, ou numa linguagem um pouco mais técnica, são as contingências imediatas versus as contingências postergadas. O efeito das contingências imediatas são muito mais visíveis, muito mais paupáveis. Desta maneira estas contingências podem se transformarem em armadilhas que fazem com que as pessoas que são expostas a elas se tornem reféns de um estilo de vida que só será modificado quando as próprias contingências forem modificadas.

Fica a pergunta: que mundo estamos contruindo para a humanidade? Podemos introduzir modificações nas contingências de reforço presentes neste mundo, de modo que as pessoas sejam menos reféns de estilos de vida que escravizam e se tornem portanto mais felizes? Se alguém tiver alguma sugestão que opine!


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sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Modernidade e o Circo dos Horrores

Por: Bruno Alvarenga Ribeiro.

Não restam dúvidas que a humanidade caminha a passos largos. Nunca se viu tantas tecnologias surgirem tão rapidamente e em tão pouco tempo. Até bem pouco tempo não existia internet. Há algumas décadas poucos eram os que tinham um aparelho de televisão em casa. Se viajarmos um pouco mais no tempo chegaremos num momento em que o “Repórter Esso” era um dos poucos meios de divulgação de notícias, e muitos ficavam grudadinhos em seus rádios para saber o que se passava no mundo. Agora quase todos têm computador com acesso à internet.

Vivemos num mundo das pessoas conectadas. Existe uma teia de relações espalhadas pelos ares através das ondas de transmissão de informação. Existem neste momento inúmeros relacionamentos sendo construídos via bytes que trafegam pelos cabos de fibra ótica ou de telefonia convencional. Teias de relacionamentos se formam como teias de aranha em uma caverna escura e abandonada, ambiente perfeito para proliferação de aracnídeos.

É o mundo midiático, em que tudo vira notícia. Caiu, escorregou e se machucou, vira vídeo e vai para o youtube, ou vira foto e é compartilhado por famigerados usuários do facebook em busca de uma sensação momentânea de satisfação originada pela desgraça do outro. É o mundo dos 15 minutos de fama em que pessoas buscam aparecer na mídia de qualquer forma em troca de dinheiro, em busca da tão prometida ascensão social veiculada nos outdoors e capas de revistas. Alguns poucos até conseguem seus poucos minutos de fama, mas logo são esquecidos, pois o turbilhão de informações que circulam nas teias da web faz o novo rapidamente ficar velho. É o mundo do passageiro: o novo é logo velho, tudo é descartável numa velocidade impressionante.



Com isso a lógica da web vai se impregnando em nossas relações. Pessoas são descartadas, relacionamentos são efêmeros e rapidamente substituídos por outros. É o mundo do fast food, da comida rápida, do sexo virtual. E neste mundo o que importa é o prazer. É o mundo que permite acesso fácil a inúmeras fontes de reforçamento positivo sem muito esforço. Este mesmo acesso facilitado treina pessoas pouco resistentes à frustração. Já parou para perceber qual é sua reação quando sua conexão de internet cai? Provavelmente você vai da ira à melancolia em instantes.

O mundo moderno é um circo dos horrores. Quando as pessoas são “treinadas” para terem acesso fácil a reforços positivos, ao ficarem sem eles entram em colapso, se debatem em um quadro quase caótico. É um mundo que nos condiciona a sermos felizes a custa da desgraça dos outros. Isso banaliza a cultura da punição. O legal é se divertir punindo os outros. O que dá IBOPE é mandar alguém para o paredão, só para fazer alusão a um certo programa de televisão em que a desgraça do outro gera muita audiência. O que dá IBOPE é tramar estratégias para fazer com que o outro seja colocado no paredão. É a perpetuação sem fim da cultura do controle aversivo, da cultura em que punir o outro é algo banal, algo normal. Normal? Se isso for normal quero gritar com Raul Seixas: “Pare o mundo que eu quero descer!”



No mundo moderno o que faz feliz as pessoas é ver uma panicat trocando suas madeixas por um pouco de grana e fama. É o circo dos horrores! É a banalização do esforço desmedido para se tornar famoso doa a quem doer. Neste esforço tudo se faz para se conseguir um lugar ao sol, vale até puxar o tapete do outro, vale até colocá-lo no paredão, e por que não fuzilá-lo? Vale vender suas madeixas, e por que não vender todo o resto, já que a sexualidade no mundo moderno é mercadoria altamente vendável? É o mundo do fast food sexual, em que as pessoas estão trocando relações reais por relações sexuais virtuais. Perde-se a referência do contato com o outro e com isso fontes importantes de reforçamento que poderiam contribuir para a modelagem de habilidades sociais. 



É o mundo do Reality Show, em que a vida privada virou comércio. Com isso perpetua-se a lógica de que não existe intimidade, de que tudo se pode fazer para invadir a privacidade alheia. É o mundo dos paparazzis, das revistas de fofoca, dos programas de Sônia Abrão, Casos de Família etc. Leva-se famílias para um palco de um programa de televisão para discutirem os seus problemas íntimos. Isso é fonte de diversão para muitos. Com isso perpetua-se a lógica da invasão da privacidade, da intimidade escancarada. Estamos a um passo de uma cultura em que não haverá limites claros entre a vida íntima e a vida pública, e esta confusão nos colocará muito próximos da completa ausência de parâmetros éticos, pois se tudo pode em nome do ibope, inclusive invadir a intimidade, o que será então proibido?




São as contingências do comportamento de consumir desenfreadamente, de consumir sexo virtual, consumir a intimidade escancarada nos reality shows, de consumir a cerveja gelada associada à imagem da mulher seminua, de consumir a novela que nos ensina que se vingar e punir é coisa normal. Onde vamos parar? Que mundo estamos construindo? Um mundo regido por contingências de controle aversivo e por contingências que expõem a vida íntima, pois expor a vida íntima é altamente reforçador. Um mundo que oferece acesso fácil a inúmeras fontes de reforçamento positivo, reforçamento consequenciado a muitos comportamentos que produzem prejuízos individuais e coletivos. 

Reforçamento positivo também pode gerar problemas, e isso não é novidade, pois o leitor que tem acompanhado o blog já viu esta questão trabalhada em outros posts. Estamos construindo um mundo de pessoas que são treinadas para serem frustradas, pois se acostumam tanto ao prazer fácil que quando ficam sem ele entram em colapso emocional. Estamos treinando pessoas que não sabem se esforçarem para obterem seus objetivos, pois desde tenra infância são acostumadas aos prazeres fáceis. Mundo dos circos dos horrores! Mundo das futilidades. Fica a pergunta: que futuro estamos construindo para a humanidade?

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